DE REPENTE UMA PAUSA
O telefone corta o silêncio acordo com o desespero de um amigo do outro lado da linha começo a escutar suspiros do casal do andar de cima vou à varanda os tiros no morro estão comendo solto um bebê do apartamento ao lado começa a chorar meu amigo solta vários palavrões no último volume os tiros aumentam os vizinhos do andar de cima berram o choro do bebê fica insuportável não aguento mais ouvir
O telefone corta o silêncio acordo com o desespero de um amigo do outro lado da linha começo a escutar suspiros do casal do andar de cima vou à varanda os tiros no morro estão comendo solto um bebê do apartamento ao lado começa a chorar meu amigo solta vários palavrões no último volume os tiros aumentam os vizinhos do andar de cima berram o choro do bebê fica insuportável não aguento mais ouvir
/Inesperadamente, não ouço mais nada. O mundo parou pra mim. Minutos preciosos de silêncio me renovaram/
volto a ouvir a revolta do meu amigo ao telefone os gemidos do casal do andar de cima os tiros no morro o bebê chorando estou renovado para ouvir
Um comentário:
contigo até a parada. E fico por aí, no silêncio!
Gostei deste quase desespero.
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