Sára Saudková
PREFÁCIO
Mais um conto antigo e deletado que me deu vontade de reescrever.
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- OLÁ, MAMÃE QUERIDA.
- Oi, o que quer?
- Nossa, que manifestação calorosa...
- Desculpa, é que vou para um chá beneficente. Precisa de dinheiro?
- Não... É que estava com uma ideia para fazer um novo filme e preciso de você. Pode me ouvir?
- Sim. Temos uma hora, querido.
- O roteiro que estou escrevendo, narra a história de uma senhora déspota que obriga os empregados a fazer sexo com ela. Tem uma cena em que a senhora mija no rosto do jovem jardineiro e para que a cena fique mais impactante, o mijo tem que ser de verdade.
- Que horror, mas o que tenho haver com isso?
- Pensei que poderia ser você.
- Não sou atriz e ,se fosse, jamais faria um papel desses.
- Mãe, não seja retrógada. Eu contrataria uma professora de interpretação para você. Também, você sendo a senhora déspota, o filme teria mais repercussão.
- Filho, desculpa. Gasto meu patrimônio para você fazer seus filmes fracassados, mas não me peça para mijar em ninguém de verdade. O que as minhas amigas irão dizer...
- Pensa com carinho, talvez você descubra outros eus fazendo este filme. Ah! Não é só o mijo que é de verdade, mas as cenas de sexo.
-Como? Está louco! As drogas queimaram sua mente.
- Para de fazer drama. Nunca entendeu minha alma de artista.
- Querido, preciso sair, pegue este dinheiro. Tchau.
- Estava mesmo precisando... Mas, estou muito chateado com você, está restringindo minha criatividade artística.
- Fala com seu analista, querido. Mais uma culpa que carregarei nas costas.
Um comentário:
Amei este conto!
Daria uma boa peça de teatro, basta continuar no mesmo veio.
só faltou uma letra a antes de 'cena'.
e para cena
e para a cena...
ou - para que a cena fique mais impactante...
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