"Para tornar a realidade suportável, todos temos de cultivar em nós certas pequenas loucuras."
Fonte - À Procura do Tempo Perdido Autor - Proust , Marcel
PARA SEMPRE AMIGOS
Na janela ampla da sala de aula via uma árvore seca. Dançava e me convidava. Não podia, tinha uma aula importante, mas continuava a observá-la.
Às vezes, a voz do professor estava longe e precisava enfiar a ponta do lápis na palma da mão, para retornar à aula. O campus era perto da Baía, se fosse limpa mergulharia nas suas águas negras junto com a árvore-seca-dançarina. Comentei com uma colega, que se afastou de mim, disse a todos que sou “ despirocado das ideias”. Meus pais me forçaram a ir ao psicólogo. Fui, seu nome era Pâmela Quemily, dizia que viu vários gnomos e até fez piquenique com eles. Combinamos lanchar todos juntos no campus: Eu, a árvore-seca-dançarina, Pâmela Quemily e os gnomos.
Conversamos sobre tudo, apesar da timidez da minha amiga. Pâmela Quemily levantou a blusa e revelou que desejava colocar silicone. Todos nós concordamos que não precisavam, seus seios eram lindos. Mas, ela estava decidida. A árvore-seca-dançarina confessou que desejava seios enormes, a psicóloga e os gnomos disseram que ficaria linda. Concordei meio em duvidoso, uma árvore de seios ficaria estranho...
Um dia, Pâmela Quemily desapareceu. O maldito pai psiquiatra a internou. Ligou para meus pais para fazer o mesmo comigo. Fugi com a árvore-seca-dançarina e os gnomos.
Viramos mambembes e desbravaremos todos os recantos da América Latina.
Um comentário:
Pobre Proust!
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