Imagem encontrada no google
Anda pela mansão com uma garrafa de uísque, está
completamente falido. Vai ao quarto onde está a mulher, sempre admira a beleza
da esposa e sua elegância. Não poderá mais lhe proporcionar a vida de rainha.
Pensa que sofrerá muito de ficar sem as unhas feitas, cabelo arrumado e não usar
mais as roupas de grife. “ Ela não suportará!”. Pega o revolver que está na
gaveta do closet e atira nela. Em seguida, caminha aos aposentos da filha mais
velha, angustia-se ao especular que a jovem sofrerá ao sair da escola tradicional e
deixará de frequentar os lugares que estava acostumada, perdendo os amigos, que
serão a elite do país no futuro. Ainda imagina a filha no transporte público,
sofrendo abuso de homens suburbanos, favelados e sujos. “Meu anjinho, não
merece isso.”. Atira. Suspira fundo, mas precisa proteger sua família. Quando
entra no quarto do filho mais novo, observa quantos brinquedos o menino possui.
“ Coitadinho, nunca se adaptará em não ter mais os brinquedos de ultima geração
e se for ao colégio público, levará muita porrada. Ainda mais que é branquinho
de olho azul...”. Atira. Exausto senta no sofá da sala e o Tobi aparece,
fazendo-lhe festa. “ Coitadinho, ficará muito doente em parar de comer a ração
importada e, se não for mais tosado, irá se transformar numa coisa nojenta.
Ainda bem que sobrou duas balas”. Atira no cachorro de raça exótica e depois,
nele. Faz o tem que ser feito. Protege sua família.
Um comentário:
diante do mundo que construiu, melhor a morte do corpo já que internamente já estava acabado.
boa crítica Dudu!
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