Foto: Helmut Newton – Cemitério Pere Lachaise, Paris http://mesquita.blog.br/foto-imagem-arte-fotografia-helmut-newton-cemiterio-lachaise-paris-x
TURBILHÃO
Quando o marido morreu sentiu tristeza, alegria, gozo, dor, remorso, saudade, ira, medo, ansiedade...
O marido não foi mau, pelo contrário, um bom homem. Ela gostava da sua companhia, mas queria experimentar outras sensações. Ao mesmo tempo, sentia-se bem com a proteção dele.
Em alguns momentos tinha ódio do marido ser tão bondoso e ela, cheia de defeitos. “ Meu amor, por que se foi?”. “ Sou má.”. “E agora?”. Receberá uma boa pensão, entretanto temia o desconhecido. Imaginou um amante, este pensamento lhe provocou pavor e frisson.
Ria e chorava. Acharam-na histérica. De repente, jogou-se na vala onde estava o caixão e segundos depois pediu socorro.
Desejava morrer e viver.
Um comentário:
muito bom! Por vezes nem é preciso a morte para que este turbilhão, como vc o chamou, ocorra!
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