quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Mariana...


“Você tem que criar a confusão sistematicamente, isso liberta a criatividade. Tudo o que é contraditório cria vida.” Salvador Dalí


Mostrou um quadro que pintou para Augusto. O rapaz quando o olhou, ficou curioso. Na imensidão branca do quadro, só existia risco vermelho que parecia uma mínima fenda. Augusto perguntou a Mariana o que significava o quadro.



– Não sei, mas, um dia saberei e lhe contarei. Colocou o quadro na parede e foi embora.



Augusto ficou mais tempo, observando-o. Desejava entendê-lo de qualquer maneira. Mariana não compreendia a razão de Augusto insistir em buscar uma resposta para tudo.



De repente, Augusto ficou tão fixo em compreender o quadro que entrou na fenda vermelha e desapareceu. Mariana quando percebeu o desparecimento do amigo, começou a dançar e a chorar. As lágrimas continham peixes.



Mariana nunca mais pintou. Deixou de ser artista, casou e teve cinco filhos. Mas, todos estranhavam quando chorava lágrimas com peixes.


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