“Você tem que criar a
confusão sistematicamente, isso liberta a criatividade. Tudo o que é
contraditório cria vida.” Salvador Dalí
Mostrou um quadro que pintou para Augusto. O rapaz quando o olhou, ficou
curioso. Na imensidão branca do quadro, só existia risco vermelho que parecia
uma mínima fenda. Augusto perguntou a Mariana o que significava o quadro.
– Não sei, mas, um dia saberei e lhe contarei. Colocou o quadro na
parede e foi embora.
Augusto ficou mais tempo, observando-o. Desejava entendê-lo de qualquer
maneira. Mariana não compreendia a razão de Augusto insistir em buscar uma
resposta para tudo.
De repente, Augusto ficou tão fixo em compreender o quadro que entrou na
fenda vermelha e desapareceu. Mariana quando percebeu o desparecimento do
amigo, começou a dançar e a chorar. As lágrimas continham peixes.
Mariana nunca mais pintou. Deixou de ser artista, casou e teve cinco
filhos. Mas, todos estranhavam quando chorava lágrimas com peixes.
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