De Salvador Dalí, A persistência da memória
"A memória é essa claridade fictícia das sobreposições que se anulam. O significado é essa espécie de mapa das interpretações que se cruzam como cicatrizes de sucessivas pancadas. Os nossos sentimentos. A intensidade do sentir é intolerável. Do sentir ao sentido do sentido ao significado: o que resta é impacto que substitui impacto - eis a invenção." Ana Hatherly, in 'A Cidade das Palavras'
I.
Ana: “ Nunca estivemos lá.”
Dudv: “ Foi com Antônia então. Caramba! Fundi vocês duas nas minhas lembranças.”
II.
"A memória é essa claridade fictícia das sobreposições que se anulam. O significado é essa espécie de mapa das interpretações que se cruzam como cicatrizes de sucessivas pancadas. Os nossos sentimentos. A intensidade do sentir é intolerável. Do sentir ao sentido do sentido ao significado: o que resta é impacto que substitui impacto - eis a invenção." Ana Hatherly, in 'A Cidade das Palavras'
I.
Dudv: “ Lembra-se de quando a gente se perdeu em Praga?”
Ana: “ Nunca estivemos lá.”
Dudv: “ Foi com Antônia então. Caramba! Fundi vocês duas nas minhas lembranças.”
II.
De repente, me vejo em você. Continuo jovem e me comportando de um jeito que nunca me dei conta. É assim mesmo que você me via? Agora, quem sou? Sinto-me outro morando em suas recordações e sonhos.
III.
- Lembro-me que a casa dos meus avós era enorme e que brincava por todos os cantos.
- Filha, a casa dos seus avós era pequena. Quando somos pequenos, enxergamos tudo grande e com muita fantasia.
IV
– Quem é este rapaz na sua carteira?
– Não percebe que esta foto é antiga?
– É alguém do passado?
– Está brincando? É você há vinte anos.
– Mas porque não colocou uma foto recente minha? Neste tempo, eu era outro.
III.
- Lembro-me que a casa dos meus avós era enorme e que brincava por todos os cantos.
- Filha, a casa dos seus avós era pequena. Quando somos pequenos, enxergamos tudo grande e com muita fantasia.
IV
– Quem é este rapaz na sua carteira?
– Não percebe que esta foto é antiga?
– É alguém do passado?
– Está brincando? É você há vinte anos.
– Mas porque não colocou uma foto recente minha? Neste tempo, eu era outro.
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