A RAINHA DEPOSTA
...o príncipe salvou a princesa do dragão feroz. Todos foram felizes para sempre.
FIM
Será que foi o fim? Fiquei sabendo que não. A partir do final dessa história, surgiu outra...
Ela era uma rainha muito bela. Emocionava a todos do reino.
Cansada desse exagero excessivo, foi passear escondida no bosque. Sentia-se entediada dos súditos e do rei a tratarem como uma porcelana frágil.
Sem sentir que estava sendo observada, corria entre as árvores e mergulhava no lago. De repente, sentiu alguém se aproximar. Era um ser da floresta de cabelos longos, corpo de um homem forte, olhos e orelhas com características felinas:
O exótico animal a agarrou, rasgando sua roupa. Ela estranhou sua reação, gostou de ser tocada daquela maneira. Sentiu ser desejada, esquecendo-se da imagem imposta de rainha angelical por seu marido e pelos súditos do reino.
Ele foi embora e a rainha apareceu no palácio, com o vestido todo rasgado. Muitos propuseram matar “a besta”.
– Não façam isso! Gostei ser tocada. Foi bom!
Todos se revoltaram e a chamaram de vagabunda, ao invés de venerável rainha. O rei traído expulsou-a do palácio. A rainha deposta transformou-se numa viajante errante, em busca de aventuras. Caminhava em lugares remotos e desconhecidos. Jamais encontrou o amante que a libertou.
Teve outras paixões.
Um comentário:
Gostei. Só não vi motivo para a caixa alta na palavra vagabunda... para parecer xingamento?
Postar um comentário