Crédito da imagem: Hodler_-_Valentine_Godé-Darel_im_Krankenbett_-_1914
Um casal, com um filho pequeno e de fisionomia
emburrada, chega à casa de uma tia moribunda. Quando a mãe vai preparar um chá
e o marido ao banheiro, o garoto diz para tia doente: " Eu te
odeio. Queria ter ido ao cinema.". Quando voltaram ao quarto, a
criança e a senhora dissimularam harmonia e a visita retornou ao marasmo de
sempre.
Ao anoitecer, a tia moribunda ao pensar sobre a
revelação do menino, deu um leve sorriso. Ultimamente, acha-se tão
insignificante; todos tinham dó dela. Olha-se no espelho e se vê nítida, como
se o ódio do menino a fizesse existir mais uma vez.
Nenhum comentário:
Postar um comentário