“ Talvez as histórias que contei sejam uma
única história. O anverso e reverso da mesma moeda são, para Deus, iguais.”(
trecho do conto história do guerreiro e da cativa de Jorge Luis Borges)
No começo, eu queria
escrever sobre uma jovem francesa, que era serva de um feudo, localizado na
França. Era mal tratada pelo seu senhor e desejava vingança. Entrei num
conflito existencial. Por que escrever uma história, passada num outro país? Sou
brasileiro! O Brasil é tão lindo e tem um povo tão bravo. Por que não
transformar a personagem da história em negra escrava? Por que não contar
história sobre as duas? Mas como? Escrevendo...
Uma era serva a outra, escrava. Apesar de viverem em lugares distantes e culturas diferentes, tinham alguns pontos em comum: a falta de liberdade, humilhações, miséria e sentimento de vingança.
As histórias de ambas são o seguinte: os seus senhores destruíram suas respectivas famílias. O senhor do feudo matou o pai da moça francesa. Enquanto, o coronel do engenho, separou brutalmente a jovem escrava de sua mãe. Elas decidiram se vingar. Aprenderam a manipular ervas venenosas e mataram os seus algozes. Ninguém soube que foram elas, porque os venenos que prepararam, não possuíam vestígios. Mas, com o passar do tempo, descobriram que não adiantou, matar os dois senhores. O mal estava inserido, nas estruturas das sociedades em que viviam. Continuaram as injustiças, os desmandos e a impunidade. Vieram outros algozes para atormentar suas vidas. A situação era muito mais complexa do que elas podiam imaginar.
Uma era serva a outra, escrava. Apesar de viverem em lugares distantes e culturas diferentes, tinham alguns pontos em comum: a falta de liberdade, humilhações, miséria e sentimento de vingança.
As histórias de ambas são o seguinte: os seus senhores destruíram suas respectivas famílias. O senhor do feudo matou o pai da moça francesa. Enquanto, o coronel do engenho, separou brutalmente a jovem escrava de sua mãe. Elas decidiram se vingar. Aprenderam a manipular ervas venenosas e mataram os seus algozes. Ninguém soube que foram elas, porque os venenos que prepararam, não possuíam vestígios. Mas, com o passar do tempo, descobriram que não adiantou, matar os dois senhores. O mal estava inserido, nas estruturas das sociedades em que viviam. Continuaram as injustiças, os desmandos e a impunidade. Vieram outros algozes para atormentar suas vidas. A situação era muito mais complexa do que elas podiam imaginar.
Entretanto, havia um
momento de pausa para suas mazelas. Quando se olhavam através do espelho,
reconheciam-se e compartilhavam suas respectivas angústias. Na verdade, não
escrevo duas histórias paralelas e sim uma só...
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