, “ Há os grandes escritores e uma legião de escritores menores que tentam assimilar seus estilos.”. Então eu sou da legião dos que tentam ser aspirante a escritor que digere o estilo da legião dos escritores menores, que assimila o estilo da legião dos grandes escritores. Estou bem na fita,
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
Trecho de Aleph, livro de Borges.
“[ ...} vi a circulação do meu sangue escuro, vi a engrenagem do amor e a transformação da morte, vi o Aleph, de todos os pontos, vi no Aleph a Terra, e na Terra outra vez o Aleph e no Aleph a Terra, vi meu rosto e minhas vísceras, vi teu rosto, e senti vertigem e chorei, porque meus olhos tinham visto aquele objeto secreto e conjectural cujo o nome os homens usurparam mas que nenhum homem contemplou: o inconcebível universo.”
Qual o significado do nome Aleph: LETRA HEBRAICA "SELO DIVINO NO SER HUMANO"
Música: vivaldi tempestade (vivaldi storm)
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
A CASA DA TIA ANA
"Lar é onde habita o coração." (Plínio, o moço)
desde quando eu era criança, me proporcionava serenidade. O jardim bem cuidado, as árvores frondosas; a varanda gigantesca, os móveis antigos, os quartos ventilados e a vasta sala... Enfim, a morada era, não, é um pedaço do paraíso.
Mesmo adulto, passava algumas semanas na casa da tia Ana. Lá, a insônia não me atormentava e nem as chatices do cotidiano. Confesso que sou uma pessoa complicada, pois tenho alma de artista, mas não possuo nenhum talento. De repente, tenho crises existências que sempre me atormentaram e nunca consegui desenvolver uma atividade artística para canalizar esta angustia. Logo, com a cabeça repleta de cacos, batia à porta da minha querida tia Ana, que me recebia com muito carinho.
Um dia, o filho dela apareceu. Antigamente éramos muito amigos. Mas, à medida que fomos crescendo, nos distanciamos. Quando ele me viu dormindo no sofá, não gostou. Aparentemente disfarçou e até me falou da sua viagem à Europa. Todavia, ouvi uma conversa entre eles, e meu primo dizia que eu queria me encostar na casa da minha tia. Resolvi nunca mais voltar.
Anos se passaram, recebi a notícia que a minha tia morrera e que meu primo desejava falar comigo. Retornei depois de alguns anos à casa da tia Ana. Ele me disse calmamente que, a pedido de tia Ana, a casa ficaria comigo. Ainda comentou que concordou sem pestanejar, já tinha tanta coisa e herdou muito mais bens.
Olhei para a casa e não era a mesma. Embora com a mesma mobília, o jardim, as árvores e a sala, sem a tia Ana, tudo parecia estranhamente oco para mim. Não aceitei a casa e segui meu rumo. Na realidade, o que eu queria estava dentro de mim.
Basta acionar a memória que retorno à casa da tia Ana.
Mesmo adulto, passava algumas semanas na casa da tia Ana. Lá, a insônia não me atormentava e nem as chatices do cotidiano. Confesso que sou uma pessoa complicada, pois tenho alma de artista, mas não possuo nenhum talento. De repente, tenho crises existências que sempre me atormentaram e nunca consegui desenvolver uma atividade artística para canalizar esta angustia. Logo, com a cabeça repleta de cacos, batia à porta da minha querida tia Ana, que me recebia com muito carinho.
Um dia, o filho dela apareceu. Antigamente éramos muito amigos. Mas, à medida que fomos crescendo, nos distanciamos. Quando ele me viu dormindo no sofá, não gostou. Aparentemente disfarçou e até me falou da sua viagem à Europa. Todavia, ouvi uma conversa entre eles, e meu primo dizia que eu queria me encostar na casa da minha tia. Resolvi nunca mais voltar.
Anos se passaram, recebi a notícia que a minha tia morrera e que meu primo desejava falar comigo. Retornei depois de alguns anos à casa da tia Ana. Ele me disse calmamente que, a pedido de tia Ana, a casa ficaria comigo. Ainda comentou que concordou sem pestanejar, já tinha tanta coisa e herdou muito mais bens.
Olhei para a casa e não era a mesma. Embora com a mesma mobília, o jardim, as árvores e a sala, sem a tia Ana, tudo parecia estranhamente oco para mim. Não aceitei a casa e segui meu rumo. Na realidade, o que eu queria estava dentro de mim.
Basta acionar a memória que retorno à casa da tia Ana.
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
domingo, 26 de dezembro de 2010
sábado, 25 de dezembro de 2010
MENINA-BORBOLETA
Os pais protetores sempre podaram suas asas delicadas. Anos se passaram e a menina virou uma senhora. Ela decidiu não mais cortar as asas. Quando estavam crescidas, foi ao quarto do neto se despedir e lançou voo. Na família, todos ficaram preocupados com seu sumiço, menos o neto:
“ A vovó-borboleta foi passear por aí.”
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Paulo José...
era um menino muito levado, que atazanava a vida de todo mundo. Um dia, ao ver a tia solteirona receber uma rosa vermelha do carteiro, entrou escondido no quarto da senhora e comeu a rosa rapidamente. Quando anoiteceu, teve dor de barriga e ficou assustado, ao ver as pétalas intactas boiando no vaso.
Quando cresceu, tornou-se jardineiro.
Quando cresceu, tornou-se jardineiro.
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Vertumne et Pomone de Camille Claudel
“ELE SEMPRE VOLTA”/ “ ELA SEMPRE PERDOA”
Ela pensa, quando seu amor fica de joelhos e encosta a cabeça em seu colo.
Ele pensa, quando está de joelhos e recostado em seu colo.
Um acredita que exerce poder sobre o outro e vice-versa.
domingo, 19 de dezembro de 2010
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
sábado, 11 de dezembro de 2010
PERSPECTIVAS
“Todos me ignoram, mas estou nem aí.”
“ Como sempre, ele está calado e com o olhar superior em relação a tudo e a todos.”
“Um dia, eles vão ver. Os meus projetos irão se concretizar.”
“Não gosto dele! Sempre metido e envaidecido consigo mesmo.”
“Eles me ignoram e eu os ignoro. Não vou perder o meu tempo em tentar ser simpático.”
“ Não vou falar com ele. É uma pessoa estranha.”
A noite segue seu rumo e os dois personagens continuam a construir
uma muralha intransponível entre eles.
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
domingo, 5 de dezembro de 2010
BREVES MOMENTOS
Foi tão elogiado pelo outro que se sentiu atraído por si mesmo, realizando um desejo antigo de fazer amor consigo próprio/ Já este outro era um ser que tinha o poder de se metamorfosear, principalmente nos desejos alheios. Usava seu dom, principalmente, para ter breves momentos de prazer.
sábado, 4 de dezembro de 2010
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