ENCONTRO
Sozinho na multidão observa a paisagem em movimento. Sempre quando pode, viaja ao estrangeiro para viver como um anônimo. Aproveita ao máximo essa sensação, sente-se livre.
De repente, olha para o lado e vê uma jovem olhando-o fixamente. Fica desapontado, decide que não cederá. A jovem se aproxima. Tenta fugir...
– Oi. Não quero incomodar, mas sempre acompanhei suas novelas. É um excelente ator. A tevê produz um fenômeno estranho, quando aparecia na tevê lá de casa, considerava-o um amigo íntimo. Estou passando uma temporada por aqui e o que me conforta é a reprise de uma novela antiga sua. Tá tão engraçado sendo dublado... Sinto saudades de sua voz. Desculpa por importuná-lo, pode me dar um autógrafo?
– Sim. O seu nome?
– Antônia.
Ele autografou. A jovem tinha uma beleza frágil, pensou que para fazer amor com a moça precisaria ter todo o cuidado, senão poderia partir todos os ossos de seu corpo. Convidou-a para ir ao Café.
– Não posso. Tenho que trabalhar. Foi muito bom encontrá-lo.
Quis pegar endereço de Antônia, mas ela saiu rapidamente do vagão e se misturou na multidão.
Continuou a viajar no trem.
***
Música ao som :
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