segunda-feira, 6 de abril de 2015

ESCURO( mini antigo)




De repente, a luz ilumina algo. Meu cérebro processa a informação que o objeto é uma jovem desnuda que declama poesias. Estou sentado numa poltrona em frente ao palco. Logo, estou num teatro. Como fui parar ali? Ao lado, outras pessoas estão assustadas e pergunto a elas o que está acontecendo. Ninguém sabe. Minha última lembrança é estar bebendo um café em um bar. A jovem nua levanta e nos manda calar a boca, fala da importância de aprender a ouvir o que o outro tem a dizer. Um homem aparece e eles começam a dançar. Uma voz ecoa no teatro, parece ler um monólogo. O pensamento de que fui sequestrado começa a martelar minha cabeça. O espetáculo continua. Agora, é o casal que recita versos. No fundo do palco, luzes aparecem. Vibram e mudam de cores de acordo com o ritmo com que as palavras são pronunciadas. Inesperadamente, a cortina cai e o teatro é iluminado. Esperamos por algum tempo e vamos todos embora.

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