Quando era menino, lançava-me ao desconhecido de peito aberto. Não sabia o
que era medo.
O pessoal lá de casa começou a falar que não podia sair sozinho, porque o
monstro me pegaria. De tanto me dizerem, o mostro surgiu em todo lugar, até no
meu quarto. Senti bastante medo.
Com o passar dos anos, quando comecei a testemunhar os vários episódios
violentos e absurdos do mundo, ele foi se transformando numa criatura frágil.
Até hoje o "monstro" vive comigo. Mora dentro do armário com
pavor de tudo que se relaciona lá fora.
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