Eduardo, quando deu por
si, descobriu que tinha uma ambiguidade complexa em seu ser. Tinha sensibilidade
de artista, mas, não possuía talento. Sua vida se resumia a procurar uma forma
de expressão. Esta busca foi uma travessia de vários ensaios na escrita, em
fazer vídeos e a fotografar.
Atualmente, com o desenvolvimento
da tecnologia, surgiram os smartphones com suas ferramentas e aplicativos que
ajudavam há melhorar um pouco a foto. Eduardo passava horas a editar seus instantâneos,
brincando de ser artista. Sem restrições, colocava um monte filtros de edição
de imagem nelas. Não tinha noção nenhuma de equilíbrio das cores.
Com o tempo, fotografar
com o celular foi a mais nova e breve obsessão de Eduardo( acumulou breves obsessões
ao decorrer das estações, eu que eu diga.).
Porém, esta mania podia
ser perigosa, já que havia a possibilidade de o considerarem bisbilhoteiro. Na
verdade, Eduardo desejava capturar a beleza escondida no cotidiano. Sua mente
se expandia para encontra-la, enquanto a câmera do telefone não acompanhava. Até
ficava desaminado de não conseguir descobrir algo interessante.
Um dia, no shopping,
viu uma manequim na vitrine e clicou. Depois, recortou para focar o rosto e
utilizou o aplicativo que transformava a foto em desenho.
Teve uma crise de
identidade, sentiu-se fingidor e não queria mostrar ser o que não era. Começou
a construir um manifesto para ele, com a finalidade de se justificar.
Concluiu que era um
pseudoartista e sua pseudoarte o ajudava a enxergar o mundo em vivia e a si
mesmo.
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