segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

ESPECIAL E PROFUNDO II


Quadro de Eduardo Oliveira Freire


"Analisarei mais um quadro de EOF. Este, para mim, é o mais interessante porque trabalha com o duplo. Aparentemente, EOF parece que almeja passar um descontentamento com o homem, inclusive, como este degrada a natureza. O artista parte do princípio que somos " sacos de merda que só faz merda". Entretanto, percebe-se que há beleza no lixo e nas excreções, porque, para o artista, o ser humano pode se reinventar e encontrar o lúdico e o lírico no asqueroso, proporcionando esperança para o mundo decadente no qual vivemos. Por isso, que a essência do quadro é duplo. EOF acredita que o ser humano é sagrado/profano, grotesco/sublime, belo/feio e bom/mau. Confesso me emocionar com a obra e ao escrever este ensaio comecei a chorar como uma louca, todavia meu lado intelectual prevaleceu. EOF sempre relatou que tinha um sonho recorrente desde menino, de que uma bunda enorme apareceu e dela saíram vários bonecos de barro. Ao chegarem à terra, uma brisa surgiu e começaram a viver. Logo, o artista quis expor seu sonho através de tanta dialética transcendental, a qual permeia em toda sua obra. Neste quadro, especificamente, EOF mostra que não há a unicidade, mas que tudo é diverso-uno. " (Professora de Antropologia e com doutorado em Arte Contemporânea Kassandra Britney Jerusa Emanuelle)


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