Estava cansado ao ver a tela em branco do computador. Não conseguia produzir nada, sentia-se vazio.
Chegava aos quarenta e não conseguia escrever algo com consistência. Só reproduzia os estilos de escritores famosos. Pensava: “ Sou uma fraude”.
Afastou-se do computador e foi à janela com fome de inspiração. Ao longe numa árvore, viu um gavião semi escondido. Começou a admirar seu silêncio e concentração para atacar no momento certo.
As ideias surgiram, o perfil de um personagem tomou forma. Era um predador. Melhor, um “serial killer” e, como o gavião, aguardava o momento certo para atacar suas vítimas. Viajou na sua história e na simbiose entre seu protagonista e a ave.
De repente, sentiu dor e algo escorreu no rosto. Percebeu um vulto se afastar e pousar no poste em frente à janela. Era o gavião a mirá-lo fixamente.
Não entendia o que acontecia, por que o gavião o atacou? Qualquer resposta seria algo inventado pela imaginação humana. O gavião era amoral, vivia guiado por seus instintos.
Fechou a janela. Concluiu que nunca iria entender o que aconteceu. Só escreveria a singular ocorrência.
A partir desse dia, deixou-se fluir e sua escrita tornou-se mais orgânica, menos imitação pseudo-rebuscada e estéril.
Chegava aos quarenta e não conseguia escrever algo com consistência. Só reproduzia os estilos de escritores famosos. Pensava: “ Sou uma fraude”.
Afastou-se do computador e foi à janela com fome de inspiração. Ao longe numa árvore, viu um gavião semi escondido. Começou a admirar seu silêncio e concentração para atacar no momento certo.
As ideias surgiram, o perfil de um personagem tomou forma. Era um predador. Melhor, um “serial killer” e, como o gavião, aguardava o momento certo para atacar suas vítimas. Viajou na sua história e na simbiose entre seu protagonista e a ave.
De repente, sentiu dor e algo escorreu no rosto. Percebeu um vulto se afastar e pousar no poste em frente à janela. Era o gavião a mirá-lo fixamente.
Não entendia o que acontecia, por que o gavião o atacou? Qualquer resposta seria algo inventado pela imaginação humana. O gavião era amoral, vivia guiado por seus instintos.
Fechou a janela. Concluiu que nunca iria entender o que aconteceu. Só escreveria a singular ocorrência.
A partir desse dia, deixou-se fluir e sua escrita tornou-se mais orgânica, menos imitação pseudo-rebuscada e estéril.
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