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A jovem Kassandra
Emanuelle dormia na enorme cama de casal. Sonhava com Pierre. Estavam felizes
bebendo champanhe em taças de cristal. Beijavam-se ardentemente. Colocava o
travesseiro de plumas entre suas coxas. De repente, uma leoa avançou em
Pierre. Estavam passando férias na África. A leoa esmagava o crânio do jovem.
Kassandra Emanuelle chorava e continuava a esfregar o travesseiro de plumas na sua vagina. A dor da perda e o desejo de satisfazer suas entranhas se misturavam.
Sentia culpa e fome. Pierre beijava-a toda, conhecia cada fragmento de seu
corpo. A leoa desfigurou o rosto de Pierre, Kassandra Emanuelle de joelhos no
chão urrava de dor. No quarto escuro, um grito de prazer e de angústia surge. A
moça ficara na posição fetal. A bá entra no quarto, abriu as cortinas. O sol e
o canto dos pássaros adentraram no aposento.
- Não bá, desejo viver na escuridão profunda.
- Criança, precisa
arejar seus pensamentos, olha como o dia está bonito.
A moça foi à janela. Seu corpo se estremeceu.
Viu o filho do jardineiro, um rapaz forte e manco. Os pensamentos dela ficaram
um caos e seu corpo trêmulo. Depois do café da manhã, Kassandra Emanuelle
passeou pelo jardim...
***
– Alô? Bruno.
– Pai, pode me dar uma
ajuda na aula de literatura, senão, vou levar pau.
– Porra, Bruno, estou escrevendo
um texto pra revista, tenho que entregar amanhã!
– Mas se eu ficar
reprovado é você que vai ter o dinheiro jogado fora.
– Tá bom, vem hoje à
tarde. De noite, termino esta merda de texto.
***
Kassandra Emanuelle
encontrou o filho do jardineiro cavando... Ela lambeu os lábios ao olhar os
braços fortes do jovem. Instintivamente, puxou conversa:
- Oi, você tem jeito
com a terra e as plantas. Qual é o seu nome?
- Meu nome, senhora Kassandra
Emanuelle, é Vladimir...
***
– Alô?
– Flávio! Quando vai me
pagar o dinheiro que emprestei!!!
– Não me pressione.
Tenho que acabar um texto. Depois a gente se fala.
– Acho bom mesmo!!!
***
Estava nua perante o
espelho, que fora de sua bisavó. A porta se abriu. Escutava uma respiração
ofegante e sentia um leve aroma de suor. Continuou a olhar o espelho secular. A
imagem de Vladimir apareceu, suas mãos rudes e grandes tocaram todo seu corpo. Levou um susto ao ver o mastro gigantesco do amante,
mas, estava preparada para aguentá-lo, mesmo que a rasgasse e
morresse de hemorragia. Teria a mesma morte que seu amado Pierre, uma besta a
despedaçaria também...
***
– Alô?
– Flávio, se esqueceu
de mim? Estou com saudade, meu tigrão.
– Minha docinho de
leite, preciso trabalhar. Estou cheio de dívidas, quando terminar, a gente vai
fazer vucuvucu gostoso.
– Comprei aquela
calcinha de rendinha preta que você adora.
– Oba! A gente se fala
depois.
***
Kassandra Emanuelle
urra, sentiu-se uma cadela no cio. Vladimir a possuía ferozmente. A velha bá no
início se assustara, depois, agachou-se atrás da porta para ver no buraco da
fechadura. Ficou tão excitada que começou a se masturbar. A sua velha genitália
nunca ficara tão melada, nem mesmo com os dias de glórias de seu falecido
marido Jacinto. Na madrugada adentro no antigo casarão, gritos, gemidos e
sussurros ecoavam por todos os cantos...
***
– Alô?
– Oi filho, me leva à
missa no Domingo. Sua irmã não pode. Você há muito tempo não me visita.
– Te levo à missa sim,
depois a gente se fala.
***
Na manhã seguinte,
todos fingem que nada acontecera. Kassandra Emanuelle e Vladimir se embrenhavam
no bosque. Faziam tanto barulhos que os animeis silvestres fugiam com medo, iam
para bem longe. O império do prazer reinava...
***
– Alô?
– Oi sou a Mafalda do
apartamento 208.
– Sim.
– Por que você só
escreve pornografia? Quando li um livro seu, passei mal.
– Dona Mafalda, então
não lê meus livros. Desculpa. Estou cheio de coisa pra fazer.
***
Kassandra Emanuelle
apaixonara-se por Vladimir. Ela teve vergonha, é uma condessa. Decidira fugir
para Paris junto com a velha bá. Todavia, Vladimir juntou algumas economias e
foi ao seu encontro. Ninguém pode fugir dos caminhos tortuosos da paixão. A
saga de Kassandra Emanuelle continua...
***
– Alô...