imagem encontrada no google
Quando Laurinda viu pela janela um homem estranho a caminhar ao redor da
casa, sentiu aperto no peito. Falou para o marido comprar alarmes e até uma
arma.
O marido achou exagero, mas realizou o desejo dá mulher para ela ficar
calma. Com o passar do tempo, Laurinda via o estranho todos os dias e o medo
aumentava. Quem era aquele homem? Sentia-se cada vez mais em perigo.
O marido resolveu que precisavam tirar umas férias juntos e foram à casa
da serra. Laurinda, mesmo em outro lugar, sentia a presença do estranho, porém,
decidiu ocultar o medo do esposo.
Madrugada na serra, o breu era mais intenso e parecia uma manta pesada
que a sufocava. Teve pesadelos de estar sendo perseguida. Quando acordou, viu
que o marido não estava na cama e foi procurá-lo no escritório.
Ele estava ao telefone e dizia baixo para ter calma que tudo acabaria
logo. Laurinda ficou curiosa e se concentrou para ouvi-lo, já que uma forte
chuva começava.
Ouviu que o marido planejava algo, estranhou seu jeito, não parecia o
homem que conviveu por vinte anos. Ouviu-o dizer para alguém que ela já assinou
as apólices e só faltavam os detalhes para matá-la.
Então, a verdade revelou-se. O estranho que ela via ao redor da casa era
o marido, o tempo todo. Não o tinha reconhecido, porque fora de casa, era
outro, o caçador que esperava o momento certo para agir.
Foi ao quarto e pegou a arma da bolsa. Retornou para onde o marido
estava e atirou até acabar munição.
Depois, ligou à polícia e disse que matou um estranho que tinha invadido
sua vida.
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