Salvador Dali
Recebi um
e-mail de uma amiga com a seguinte mensagem: “Um
conto seu que adoro e guardei desde 2007”. Caramba! Nem me lembrava mais
deste conto e até duvidei se é da minha autoria, tive buscas nas profundezas das minhas lembranças.
Quantas coisas deixamos pelo caminho
ou perdemos e depois encontramos na próxima esquina ou num e-mail de uma pessoa
querida. Sei lá, cada vez mais reafirmo a ideia de eu me conhecer, antes
preciso me perder e quando me achar terei outro olhar sobre mim que me fará
compreender melhor. Obrigado, Angela.
MALDIÇÃO
Tudo começou, quando quis apagar um conto que fiz há muito tempo e ele
retornava. Tinha certeza que apertava a tecla delete várias vezes e quando
abria o arquivo, o dito cujo aparecia. Foi um dos meus primeiros contos, tentei
aproveitá-lo, não adiantava, era muito ruim. Chamei um técnico de
informática que fugiu da minha casa: “ Seu computador está
amaldiçoado”, pedi até a um padre para benzer o computador, nada. Um dia,
acessei o meu blog, o conto estava lá, como pode ter acontecido isto? Mesmo
publicando vários textos meus e alheios, ele sempre aparecia primeiro. Resolvi
deletar o blog e fazer outro, a mesma coisa acontecia. Desisti de blogs e de
literatura, vendi tudo e fui para bem longe. Não adiantou, sempre recebo pelo
correio o maldito conto. Não adianta jogá-lo fora ou queimá-lo, sempre volta
empilhando a casa. Estou cansado de mudar de residência, não sei mais o que
fazer...
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